CENA CURTA
Num canto lúgubre,
tece sua teia, a
ardilosa aranha.
Trabalha incansável,
como a antever uma recompensa.
Instante depois, cai
por sobre o lençol de renda, descuidada mariposa.
Debate, em vão, as
delicadas asas.
Consumado está, o
tento.
Quem antes rodopiava,
airosa e intrépida em torno da luz,
descansa agora no
leito cuidadosamente preparado.