CENA   CURTA


Num canto lúgubre,
tece sua teia, a ardilosa aranha.
Trabalha incansável, como a antever uma recompensa.
Instante depois, cai por sobre o lençol de renda, descuidada mariposa.
Debate, em vão, as delicadas asas.
Consumado está, o tento.
Quem antes rodopiava, airosa e intrépida em torno da luz,
descansa agora no leito cuidadosamente preparado.

Um comentário:

  1. Muito boa Cristina!!! Seja bem-vinda aqui no nosso site.

    Abraços!!!

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