Sem fim ou começo

No fim, buscava o sentido, questionando suas escolhas. Como tudo sucedeu? Como fora? Não lembrava ao certo as mais importantes, quem dirá as relevantes. De fato, não lembrava nada! Sequer sabia o que pretendia quando iniciou sua jornada. Perdeu, coitado, o fio da meada. Não no fim, mas no começo.

Uma História de Amor

Subia pela encosta exausto, vencendo cada passo com dificuldade. Carregava sua vida nas costas e guardava suas dores no peito. Segurava na garganta os gritos não dados, mas demonstrava no rosto o perdão a todos que o açoitaram. A multidão observava-O, alguns aflitos, outros em conflito. Ele amava a todos.

Abusou da bebida

Abusou da bebida. Que baita porre. Mas com ou sem porre, tinha sido uma noite inesquecível! Lembrava bem daquela loira maravilhosa. Que mulher insaciável!

Uma silhueta feminina vestindo lingerie transparente aparece na porta do banheiro. Diz toda dengosa: “Amôôr, quero mais”!!!

Mesmo de porre reconhece: “Êêêêpa, essa mulher é HOMEM”!!!

Fantasma

Reunidos junto da fogueira, falavam do fantasma que apareceu no curral na noite anterior. Foi quando Chico, seu amigo, gritou apavorado: fantasma!!!

E já que o Chico corria, resolveu ir atrás. Sozinho é que não ia ficar, pois morria de medo de fantasmas!

Mal sabia que o fantasma era ele!!

Família restart e agregados

Sinceramente? Pior que família restart e seus seguidores, pior que Justin Bieber e seus "wanna be", pior que Lady Gaga e afins são aqueles que criticam, mas de vez em quando usam um cabelinho lambido ou uma calça “embalada a vácuo” e, quando escutam os supracitados na rádio, não mudam.

Desbravador do universo

Era astronauta desbravador do universo. Sua nave, fugindo dos bandidos do planeta Zixx, fizera pouso de emergência naquele mundo desconhecido. Ainda atordoado ouviu rugido de um monstro ao seu lado! O último tiro do revólver à laser. Pifzzzz!!!! Certeiro! Outro monstro surge no horizonte... Sem saída...

- Gustavo, hora do banho!!!

Lar

As paredes de taipa mal se aguentavam de pé. No teto, a palha rala se equilibrava nos caibros cortados das árvores, uma peneira nos dias de chuva. No chão, terra batida e a porta há muito se fora. Mesmo assim aquele era o seu lar! “Tenha dó, dotô, não derrube!”